domingo, 19 de dezembro de 2010

:: Meu ex amor. (Parte I)

Onde está o amor? E as pessoas que ainda acreditam nesse sentimento delirante e intenso? Odeio generalizar, mas a maioria das pessoas atualmente, não se importam mais com isso. Eu me importei, agora não me importo mais. Não mesmo, não mais. E quem é essa pessoa tão amargurada e fria? Não se preocupe, você me conhecerá suficientemente bem, eu espero. Para começar, uma apresentação. Meu nome é Frederico, ou Fred, como muitos me chamam. Eu tenho 17 anos. Minha vida era pacata e basicamente normal, até acontecer aquilo. Eu até então não pensava muito em paixão, amor e todas essas coisas melosas. 
Até que em um belo dia em um belo lugar, tá bom, nem o dia nem o lugar eram belos. Estava na escola, era o primeiro dia de aula do meu último ano na escola, quando conheci Carol Lins. Ela era definitivamente a pessoa mais perfeita da face da terra. Embora, nem tudo foi extremamente perfeito como parece. Eu e ela eramos de mundos completamente diferentes. Eu, da galera das pessoas desconhecidas da escola, ela a mais popular. O que vem depois disso você já pode imaginar. Sofrimento. Aquela sensação de amor não correspondido me deprimia. Me fez sentir a pior dor que se poder ter, a dor na alma. Não vamos colocar a carroça na frente dos bois, então vou começar a narrar os episódios, que me levaram a tal estado de decadência.
Era meu último ano na escola, então estava empolgado para rever meus amigos, e conhecer os novatos. Aí onde estava o problema. Dentre os novatos estava ela, a Carol. Decididamente mais perfeita do que todas as outras vezes que a vi. Foi amor a primeira vista. Eu nem se quer acreditava que isso existisse, talvez fosse melhor que não existisse mesmo. Eu não sabia o que estava me esperando. Como ela era aluna nova, ou melhor a mais bonita das alunas novas, não só chamou minha atenção, mas a de todos os meninos. Todos que setiam atração por meninas, lógico. Eu não parava de olhar para ela, nem mesmo um segundo. Era preciso desfarçar eu sei, mas não consegui me controlar diante de tanta perfeição contida em uma só garota.
Não demorou muito para meu melhor amigo, o Edu, perceber o que estava acontecendo. Então, vinheram as perguntas. Eu dizia que não. Claro que não. Perguntava se ele estava louco e mudava rapidamente de assunto. Claro que eu não queria que ninguém soubesse, isso lá era assunto de fulano ou siclano discutirem. Odeio ser comentado, odeio mesmo. Eu até pensava em falar com ela, mais como? Era óbivio que eu não teria a menor chance. Foi aí que descobri que estava sentido a última coisa que esperava sentir. Medo. Sim, eu sentia medo de ser rejeitado e humilhado. 
Por isso mantive em segredo o que sentia. Eu não suportava ver os meninos em volta dela, todos com o mesmo papinho e risinhos com segundas intensões. Logo, fiz outra discoberta. Sou ciúmento. Muito ciúmento por sinal. Nada que chegasse a posseção, claro. Não dava mais para manter o segredo. Eu precisava falar com ela, contar tudo o que sentia, desentalar tudo que estava preso na minha garganta. Precisava gritar para o mundo que eu a amava e que ela era a mulher da minha vida.
O tempo foi passando e eu continuava sentindo o gosto amargo e ríspido de estar amando em segredo. Não dava mais para manter tudo isso em segredo. Depois de semanas de sonhos e de imaginações ilógicas. Decidi falar com ela. Pensei em ligar, mas falar isso por telefone é frustante e covarde da minha parte. Como eu podia ser tão covarde a tal ponto de não falar o que sinto para uma garota. Mudei de ideia e resolvi beber. Beber até me embriagar. Quem sabe a bebida me desse coragem. Taí o que eu precisa mesmo era de uma dose dupla de coragem. 
Continua...

Um comentário:

  1. Muito foda a história, me indentifiquei demais. Curti mesmo! Aguardando a continuação... (Dark)

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